terça-feira, 10 de julho de 2012

O PERIGO DA DISTRAÇÃO




Texto básico: Provérbios 4:13-18

Introdução

Existem várias áreas na nossa vida em que somos mais fracos. Ai Satanás atua para nos induzir a práticas mundanas. Por meio de atrativos variados, ele consegue fazer com que os crentes se desviem temporariamente do seu Senhor. Esses desvios chamo aqui de distrações.
O alvo do cristão é permanecer no caminho do Supremo Pastor. O nosso texto básico começa assim: “Retém a instrução e não a largues; guarda-a porque ela é a tua vida” (Pv.4:13). A instrução que devemos reter está nas Sagradas Escrituras. Não devemos largar essa instrução porque ela é a nossa vida; nós vivemos desses ensinamentos, eles são as diretrizes para o nosso caminhar. Vivemos dias difíceis. Devemos, portanto, submeter-nos à Palavra de Deus e estar arraigados nela. Devemos banir de nossa vida qualquer coisa contrária aos preceitos bíblicos. Estamos permanentemente rodeados de perigos. Faz-se necessário, pois, nos conservarmos em alerta, centrando os valores do reino de Deus e da sua palavra.
As distrações surgem com os encantos do mundo:
“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou causar dano a si mesmo?” (Lc. 9:25)
Satanás é quem está por detrás da tentativa do ímpio de fazer o justo se desviar do caminho de Deus. Por se apresentar como “anjo de luz” (2 Co. 11:14), ele nos ataca com atrativos que sempre tem boa aparência, algo agradável aos olhos (Gn. 3:6). Os encantos do mundo são a tentativa maligna de produzir desvios, distrações no meio da igreja. Na explicação da parábola do semeador, Jesus diz que satanás tentou sufocar o ensino da Palavra com os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas (Mt. 13:22). As riquezas são uma benção de Deus, mas podem ser deturpadas e tornar-se fonte de engano e maldição. Distraídos pelas riquezas firmaremos compromissos superficiais e insinceros sem verdadeiro arrependimento. Muitos males procedem daí (Tg. 4:4, 1 João 2:15-17). Os cristãos não estão mais sob o domínio do mundo, e nem podem mais viver presos ao mundo, pois não é possível ser do mundo e de Deus (Tg. 4:4, 1 João 2:15). Todavia, eles as vezes namoram as coisas do mundo e, ao fazer isso, se afastam do rebanho de Deus, como a ovelha desgarrada. Esse é um perigo que todos nós corremos. Asafe, o salmista inspirado escreveu: “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. (Sl. 73:2,3).”
No caso de Asafe, o atrativo do mundo que o puxava para longe do Pastor era a prosperidade do ímpio. Para cada um de nós podem existir outros atrativos que perigam o nosso constante caminhar com Cristo.
O mundo é tão sedutor que pode não só nos atrair, como também ofuscar a nossa vida espiritual. Quando falamos de mundo, estamos falando de algo muito próximo de nós. Assim, a fim de triunfarmos, precisamos estar com os olhos voltados para Deus. Que este, presente século muitas vezes nos agrada é realmente lamentável, todavia, o mais triste é constatarmos que, frequentemente, nós mesmos vivemos de modo a agradá-lo. O problema é muito grave porque a amizade do mundo é inimizade contra Deus. A fase da adolescência, por exemplo, que é quando começamos a ser tentados a nos envolver intimamente com o mundo, porém, em toda nossa vida somos inclinados a amar a popularidade e a nos valorizar excessivamente em nosso orgulho, até mesmo dentro da igreja há a busca da popularidade, mas é bom lembrar que o preço da popularidade é bastante alto, pois temos de nos amoldar às cobranças da sociedade e temos de conviver com os resultados e as consequências desse modo de vida. Vivemos aprisionados pelos olhares dos homens e sabemos que não podemos confiar muito em seus aplausos, que rapidamente podem se transformar em vaias, como se o sonho de alguém repentinamente se transformasse em pesadelo.
O secularismo está ai. As atenções estão todas voltadas para o presente e raramente se faz qualquer menção à eternidade. O que interessa mesmo é o aqui e agora. A proposta é viver o momento e arcar depois com todas as consequências, se bem que o depois não recebe ênfase alguma. É o amor de Jesus Cristo que faz toda diferença neste ponto, pois ser diferente por si só não quer dizer nada, mas ser diferente por amor a Jesus é a chave da questão. A nossa não conformidade com o mundo não pode ficar limitada a meras expressões externas, não fazer isso, não fazer aquilo. Isso apenas nos tornaria hipócritas. O que devemos fazer é atender à ordem do apostolo Paulo: “... não vos conformei com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. (Rm. 12:2).” Dai deduzimos que a verdadeira não conformidade está na transformação da mente. Não podemos afetar o mundo saindo dele, mas afetando-o com as marcas do cristianismo que carregamos, é que nos possibilita impactar a sociedade com um estilo diferente e revolucionário de vida. Foi pra cá que cristo veio para nos redimir e a sua ordem para os seus discípulos foi que eles percorressem este mundo levando a mensagem divina.
Estamos cercados pelos perigos da secularização, que significa viver como se Deus não existisse ou não se importasse.
Pecados como a glutonaria, a bebedice e a fornicação, envolvem diretamente o nosso corpo, pelo menos no que diz respeito ao ato final dos mesmos e é inegável que alguns pecados tais como a inveja, a ira envolvem muito mais a essência dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções, sendo assim devemos estar em constante alerta para não sermos distraídos em nenhuma área da nossa vida. Temos entretanto de estar conscientes de que o fortalecimento de que precisamos somente o Espirito Santo nos dá. Assim é necessário sermos controlados por ele para vencermos o mal e produzirmos frutos que agradam a Deus.
Concluindo, somos instrumentos de Deus para influenciar o mundo. O Senhor nos colocou aqui e nos deu essa responsabilidade que não pode ser anulada ou transferida. Diante do pecado não devemos ter uma postura de auto-suficiencia, mas sim de defesa, com todo o temor de Deus, usando a armadura de Deus (Ef. 6:10-18), pois com excessão da espada do Espirito, todas são armas de defesa. O enfrentamento se dará com as armas e com o poder de Deus, mas as vezes o que temos que fazer é fugir, é assim que o cristão obediente age. As exortações de Paulo sempre tiveram esta tonalidade: Fugi da impureza (1º Co. 6:18), Fugi da idolatria (1º Co. 10:14), Foge... das paixões da mocidade (2º Tm. 2:22). O cristão sábio não testa seus limites pois sabe que é passível de queda (1º Co. 10:12). Dessa forma temos de fazer diferença, temos de testemunhar de Cristo, temos de nos aprofundar no estudo diligente das Escrituras e temos de orar para que Deus nos abençoe e nos conceda a sabedoria necessária a fim de trabalharmos eficazmente pelo seu reino, combatendo o mundanismo.

Por: Eliene Ribeiro de Souza.


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